Demontier Tenório | Foto: Normando Sóracles |
Ele foi visto pela última vez por volta das 14 horas daquele dia e não apareceu em casa deixando a família desesperada. Um primeiro contato de Zé Bueno com sua residência se deu por volta das 4 horas da madrugada de terça-feira avisando sobre o seqüestro e informando que estava bem e longe de casa. Na verdade, o empresário havia sido atraído por uma pessoa que se dizia interessada em comprar um imóvel de sua propriedade.
O mesmo saiu dirigindo sua camionete Mitsubishi L200 de cor preta e placas DSN-7970, inscrição de Bragança Paulista, já com outro indivíduo sem imaginar que fossem seqüestradores. O crime foi anunciado pela dupla que obrigou Zé Bueno a seguir viagem já vendo os dois exibindo armas. O caminho foi na direção do Nordeste, com revezamento ao volante do carro, até chegar ao município de Ibiara localizado no Vale do Piancó (PB) na madrugada de quarta-feira.
A região faz fronteira com Mauriti no Cariri cearense. Não demorou e os seqüestradores trataram de negociar o valor do resgate com a família do empresário. Conforme o combinado, o dinheiro foi pago na madrugada desta sexta-feira no aeroporto de Juazeiro momentos após o desembarque de um policial paulista no vôo da Gol com uma sacola. Ele ligou para o celular do seqüestrador que aguardava o pagamento do resgate e este apontou suas características para viabilizar o encontro.
O dinheiro, cujo valor não foi repassado para a Imprensa, só foi entregue quando o PM que se passava por parente da vítima conversou com o empresário por telefone. Na Paraíba os comparsas entregaram o carro ao empresário e informaram como chegar ao Posto Papai Noel no município de Milagres às margens da BR-116. Foi lá que familiares se encontraram com Zé Bueno, pois vieram na aeronave uma nora, um genro e três policiais paulistas.
Estes fizeram o percurso de taxi entre Juazeiro e Milagres e, depois, todos retornaram a Juazeiro a fim de tentarem o embarque de volta para São Paulo o que já aconteceu. Segundo o PM paulista, o cativeiro em Ibiara era em frente a um escritório de advocacia um dos poucos detalhes observados pelo empresário. Ele disse mais que o indivíduo a quem entregou o dinheiro é moreno e de cabelo carapinado o qual já está sendo procurado na Paraíba. Os dois primeiros atendem pelos nomes de “Josimar” e “Dinho”.
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