Após ser empossado, Cássio já foi convocado pela primeira vez pela bancada da Paraíba para votar mensagens que indicam autoridades para cargos em consulados e outros órgãos. Apesar de ter sido convocado pelo primeiro secretário, Cícero Lucena, Cássio ainda teve que contornar outra situação curiosa, já que o ex-senador Wilson Santiago (PMDB), havia registrado presença e estaria em tese apto a votar. Cícero viabilizou o voto de Cássio através da Mesa Diretora.
No seu discurso Cássio reafirmou que tem uma ficha limpa, fazendo referência a lei complementar 135/2010, que acabou retardando sua posse. Cássio classificou a lei como um lapso do legislativo, que segundo ele, transferiu do povo para o judiciário a responsabilidade de escolher seus representantes. Ele destacou que não quer com essa afirmação atingir aos magistrados, "em sua absoluta maioria formada por homens íntegros, mas não existe democracia fora do alcance da soberania popular".
O tucano disse que atravessou todo período que antecedeu sua posse acreditando fielmente que esse dia chegaria. "Queria agradecer a Paraíba, que durante esse tempo, me tomou pelo braço e me manteve de pé", destacou ele acrescentando o agradecimento a esposa Silvia Cunha Lima, aos filhos Diogo, Pedro e Marcela, ao pai poeta Ronaldo Cunha Lima e todos os familiares.
O senador Aécio Neves aparteou colega e o saudou em nome da bancada do PSDB. Ele lembrou o inicio da trajetória política de Cássio como deputado constituinte e classificou como ética e reta sua conduta em toda vida pública.
O senador Cícero Lucena, como presidia a sessão, não fez aparte, mas saudou o novo senador e destacou a importância do momento para o parlamento, para a Paraíba e para o PSDB.
Cássio já está instaldo na ala senador Filinto Muller, gabinete 10, onde até a noite desta segunda-feira, 7,funcionou o gabinete de apoio de Wilson Santiago (PMDB), já que o peemedebista passava maior parte do tempo na 2ª vice-presidência do Senado Federal.
A placa de sinalização com o nome de Santiago já foi trocada pela de Cássio. Flávio Cunha Lima, servidor de carreira do Senado e parente de Cássio, deve assumir a chefia de gabinete.
Cássio Cunha Lima teve o registro de candidatura inicialmente negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por ter sido cassado por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2006 para o governo paraibano, mas, no dia 19 de outubro, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou sua posse imediata, por não reconhecer a possibilidade de aplicação da Lei da Ficha Limpa no pleito de 2010.
WSCOM Online
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