A mobilização nacional promovida pelo senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) para o próximo dia 30 de novembro em prol dos mais de 4 mil municípios brasileiros não produtores de pré-sal, que estão a margem dos recursos advindos com a extração do petróleo e que passaram com o relatório do parlamentar peemedebista aprovado no Senado, ganha força na Câmara Federal. Trata-se que toda a bancada federal paraibana já sinaliza pela aprovação do projeto no poder legislativo que posteriormente deve seguir para a sanção presidencial.

PSDB – Esquecendo bandeiras partidárias o deputado federal Ruy Carneiro (PSDB) relatou a mídia paraibana que a bancada paraibana está pronta para lutar pela aprovação do substitutivo ainda este ano e chegou a dizer que quem não defender a causa é até digno de ser banido. “Não há o que pensar. É votar com o espirito do pacto federativo. Rio de Janeiro e Espirito Santo estão sendo bem atendidos, não têm o que reclamar. É preciso fazer um raciocínio de país e não de Estado”, disse.
Quem destaca a importância da bandeira de luta iniciada pelo senador Vital do Rêgo é o deputado federal tucano Romero Rodrigues, onde indaga que os recursos do pré-sal são da União e que o relatório do senador peemedebista revelou a necessidade de se fazer uma distribuição equânime para os demais Estados não produtores. “É uma forma de fazer justiça social”, defendeu.

PR e PT – Contrariando seus respectivos filiados no RJ e ES os deputados federais paraibanos Wellington Roberto (PR) e Luiz Couto (PT), seguem com Vital para evitar uma procrastinação do seu Substitutivo na Câmara Federal. Para Wellington o fato de os Estados que não recebiam nada e agora passam a ser beneficiados já representa um enorme avanço para o Brasil. Couto vai mais além e crítica a postura que considera injusta desses dois Estados produtores. “É de um egoísmo exacerbado o que vem defendendo o Rio e o Espirito Santo”, afirmou.
FNM – De acordo com o senador peemedebista, a Federação Nacional dos Municípios (FNM) e várias associações de todo o país já se comprometeram em se associar a causa. O presidente da Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup) e prefeito do município de Picuí, Rubens Germano Costa, mais conhecido como Buba Germano (PSDB), fez sérios elogios a iniciativa. Para ele, a medida representará um grande avanço na vida dos pequenos municípios. “É sem dúvida um ganho importante que vai representar muito para as pequenas prefeituras”, afirmou.
Presidentes de várias federações e associações que representam os inúmeros municípios brasileiros, já manifestaram o desejo de participar da marcha. A ideia é que as manifestações ocorram simultaneamente em todo o país. Liderado pelas Federações, o povo deverá ir para as ruas e praças públicas manifestar o apoio ao Substitutivo que torna mais justa a distribuição dos recursos advindos da extração do pré-sal. “Vamos mobilizar todo o Brasil em defesa dessa riqueza nacional que é o pré-sal. Será um grande levante nacional em favor do Brasil igual, e do Brasil de todos” conclamou o senador.
O parlamentar paraibano afirmou ainda que pela primeira vez na história do país, os Estados brasileiros terão oportunidade de ter acesso a uma das riquezas nacionais que pertence a todos, mas que estavam concentradas em poder de poucos Estados como Rio de Janeiro e Espírito Santo. Atualmente, apenas 88 dos mais de 5.500 mil municípios brasileiros têm direito a recursos do pré-sal. O novo orçamento, gerado a partir do Substitutivo de Vital do Rêgo, beneficiará mais de 4 mil municípios que tem como única fonte de sobrevivência o Fundo de Participação dos Municípios e será empregado em investimentos na saúde, na educação e em segurança. A Paraíba por exemplo, terá direito a mais de R$ 342 milhões. “Depois Constituição de 1988 os Municípios e Estados brasileiros só fizeram pagar a conta. Nunca receberam um retorno das contas que eles pagam. O primeiro dividendo que os municípios vão receber será os dos royalties do petróleo que eu tenho a honra de ser o autor do Substitutivo”, enfatizou Vital.
Para Vital do Rêgo, sendo o petróleo patrimônio da União, não faria sentido que a “maior parte da riqueza” proveniente dele ficasse concentrada em poucos estados e municípios. Além disso, ele vê como “tênue” a relação entre a produção e seu impacto sobre os municípios e estados confrontantes pelo fato de o petróleo ser extraído no mar. Ele enfatizou que o seu Substitutivo não causa perca para os Estados produtores como o Rio de Janeiro e Espírito Santo que só vão deixar de ganhar é a velocidade com que ganhavam.
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