sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Baixaria e Rejeição nos bastidores da política campinense: Por que todos querem distância de Ricardo Coutinho em Campina?



Enquanto a Paraíba vislumbra um mar de denúncias de corrupção nos noticiários, Campina assiste a um fenômeno interessante. Eleito governador da Paraíba no ano passado, num pleito em que ninguém acreditava sair vitorioso, Ricardo Coutinho, em menos de 12 meses de governo, conseguiu uma façanha: na cidade onde venceu bem o seu opositor, José Maranhão, ninguém quer o seu apoio.
O natural seria que Ricardo apoiasse o candidato a prefeito do PSDB, principal partido apoiador da sua vitória no pleito de 2010. Claro: se os tucanos apresentaram Ricardo em Campina e ele foi o vitorioso, com considerável votação, natural seria que Ricardo devolvesse a ‘cortesia' que os tucanos fizeram com ele em Campina e desse apoio a Romero.
Mas, eis que surge na mídia a notícia de que o apoio do ‘Mago', queimadíssimo em Campina, seria hipotecado, solidariamente, à deputado estadual Daniela Ribeiro (PP). E a notícia surgiu para abalar as estruturas e mexer com a Família Ribeiro. De imediato, Daniela nem quis convocar entrevista coletiva para desmentir, mas, preferiu ir pessoalmente às emissoras, conceder entrevistas.
“Quem pariu Mateus que balance. Não quero apoio desse governo que está aí”, afirmou ela, jogando para Romero a responsabilidade de carregar o fardo (não é que descobriram que o ‘mago', na verdade, é pesadíssimo...). Segundo Daniela, foi o PSDB (leia-se Cássio, Rômulo, Romero, Ludgério...) que apresentou Ricardo aos campinenses e deu garantias de que o homem trabalharia por Campina, caso eleito. Deu no que deu e a cidade hoje se arrepende.
Aí ‘Mateus' passou para Romero, que também não quis. Isso mesmo, para espanto de quem ouviu sua entrevista nas emissoras de rádio de Campina Grande – logo após Daniela se pronunciar: “Acho isso tudo uma palhaçada. Não vou ficar com esse proselitismo, com este termo pequeno de quem pariu Mateus que balance. Será que era Mateus mesmo que iria nascer?”. Vocês entenderam?
Depois veio a baixaria: “Antes de a gente apoiar Ricardo Coutinho tinha gente dando café da manhã para ele, inclusive oferecendo irmã pra namorar com ele (putz!). Não sou fisiologista nem daqueles que costumam trair, principalmente nas convenções, sobretudo quando por trás desta traição se tem um benefício por trás”.
Mas Romero disse mais: “Torço para que o governador acerte e faça uma profícua gestão em prol de Campina e da Paraíba. O governo está sem uma agenda positiva porque não está divulgando suas ações. Torço para que dê certo, porque dando certo é bom para Campina e para a Paraíba. Sou daqueles que torcem para que dê certo. O governo está apenas se iniciando. É um governo de quatro anos”.
Para bom entendedor, meia palavra basta. Quanto à parte da baixaria, sem comentários. Dizer que torce para que dê certo é admitir não está dando. Dizer que está apenas começando para um governo que já tem um ano nas costas é abusar da inteligência do povo. E dizer que não tem agenda positiva porque não está divulgando as obras???
Na Câmara Municipal de Campina Grande, a situação de Ricardo vai de mal a pior. Esta semana, após o tucano Inácio Falcão ter dito cobras e lagartos de Ricardo na mídia – inclusive ameaçando rompimento – Jóia Germano e Nelson Gomes (presidente) também saíram com críticas e ameaças de rompimento. Foram até a Brasília, para resolver as coisas com o PSDB.
A verdade é que, com elevado índice de rejeição na cidade – nas duas pesquisas até agora divulgadas, inclusive uma delas pelo próprio povo de RC, seu governo é rejeitado por mais da metade da população – a situação do Mago em Campina só se complica. E depois destas últimas denúncias (publicadas recentemente pela revista Época), a coisa deve ter piorado.
Coitado do Mateus... será que até a eleição ele encontrará um colo que o acalente?
Ah... quase ia esquecendo: tem uma viv'alma que defende Ricardo em Campina ainda: o vereador João Dantas!!!
João já disse a Inácio Falcão que não inclua seu nome no rol dos que querem romper. Menos mal para o Mago, né?
Carlos Magno

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