domingo, 4 de março de 2012

Vital revela detalhes de sua vida pública, da infância, e diz que o DNA da política corre no sangue



Em uma de suas melhores entrevistas de sua vida, concedida na manhã deste sábado (03) ao programa “Perfil de Um Vencedor”, da Rádio Caturité, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) fez um balanço de sua trajetória política, e destacou os principais desafios, vitórias e conquistas obtidas em mais de 20 anos de vida pública.

Bem descontraído, Vital contou um pouco de sua origem e disse que tinha orgulho de ser filho de Campina Grande. Deixando um pouco de lado, os assuntos políticos, ele se voltou para a sua vida como cidadão, chefe de família e profissional. Falou de religião, fé, cultura, literatura e sonhos. “Eu tenho uma origem eminentemente campinense. Eu nasci no Hospital Pedro I. Fui coberto de atenções e carinhos. Na época meu pai já militava na política”, disse.

Senador da Republica no primeiro mandato; ex-deputado federal; deputado estadual por três legislaturas e ex-vereador de Campina Grande, Vital do Rêgo fez questão de revelar que nasceu com  o DNA da política já estava em seu sangue. Sobrinho e neto do ex-senador Argemiro Figueiredo, uma das referências da política paraibana, e do ex-governador Pedro Gondim que foi tido como o pai dos pobres e um homem envolvido com as causas sociais, o senador revelou que procurou ao longo de todo esse tempo nortear suas ações nesses dois ícones da política. Eu tenho dois braços políticos e procuro me espelhar neles”, revelou.
De forma inusitada, e deixando de lado assuntos como os royalties do petróleo, os afazeres da Comissão Mista do Orçamento, e a luta em Brasília para trazer recursos para a Paraíba; o senador preferiu falar de sua infância e dos momentos difíceis que o país enfrentou por conta do golpe de 1964. Contou que sua infância foi marcada por fortes oscilações na vida, visto que nasceu praticamente no começo do regime de 64.

Ele revelou que em 1969, no auge da ditadura militar, viu o seu pai Antônio Vital do Rêgo e avô Pedro Gondim, serem afastados da vida pública por ato de força do AI5 por não compactuarem com o regime. Segundo Vital, aquele momento foi duro para todo o Estado, pois refletia um dos momentos mais difíceis da história do país. “Eu vivi momento de uma infância profundamente sofrida sobre o ponto de vista político e profundamente sofrida do ponto de vista econômico”, contou. Voltando no tempo, ele recordou que na sua infância, e lembrou que na época seus pais faziam feira nas mercearias, anotando na caderneta. Lembrou do dia histórico em que um oficial de justiça chegou em sua casa para retirar o único aparelho de TV 3 em 1 que existia no no local.

Filho do tribuno Vital do Rêgo e da deputada federal Nilda Gondim (PMDB), e irmão de Veneziano e Raquel, Vital recordou ainda de outros detalhes de infância como a sua presença no campo. Na época Vital e sua família tiveram que se exilar na fazenda Campo do Boi, visto que o regime impedia que pessoas caçadas pudessem trabalhar. Diante da situação, o pai do senador teve que estudar fora do país e a família foi obrigada a se exilar na fazenda. “A minha vertente do campo que eu me orgulho muito aflorou nessa época, no exílio que a gente passou na fazenda”, disse.

Ainda voltando no tempo, e diferente de todas as entrevistas que concedeu, Vital revelou detalhes de sua formação escolar toda em Campina Grande. Ele revelou que começou os seus estudos em um instituto religioso que funcionava no atual Palácio do Bispo, sede do governo municipal. Depois foi estudar no Ginásio de Aplicação que funcionava onde no atual prédio da UEPB, e posteriormente transferido para Escola Integrada da Urne. Lembrou da primeira professora o irmã Helena, sua primeira professora que hoje mora no Pedregal, e do diretor Monsenhor Lourildo Soares a quem até hoje tem um carinho especial.

Vital revelou ainda que sempre sonhou em ser médico. Fez Cardiologia e UTI, mais por influência do seu pai, Antônio Vital do Rêgo, resolveu fazer Direito e se tornar advogado. Disse ainda que resolveu fazer Direito para imitar o pai pois queria se tornar um Criminalista. 
Graduado em Medicina e Direito e com forte influência na política, Vital do Rêgo disse que chegou a lecionar na UEPB na área de Direito por dois anos até abraçar de vez a carreira política. Questionado sobre o que mais faz seu coração pulsar, o parlamentar  não hesitou e sem pestanejar disse que era um fascinado pela Tribuna mais apaixonado pela Medicina.

Completando 20 anos de casado, pai de dois filhos, Vital também elogiou a sua esposa Vilauba Moraes que largou o consultório em Ortondotia em Campina Grande para acompanhar o marido político em Brasília.
Homem de fé que congrega na igreja do Rosário no bairro da Prata, Vital contou que passou muitos momentos difíceis em sua vez que lhe fez ter a certeza; a convicção plena da existência de Deus.  
Revelou que quase todos os dias vai a Missa em Brasília. “Eu cultivo a minha fé e sou daqueles homens que bradam dizendo que é católico”, revelou.

Sobre o universo da cultura, Vital do Rêgo fez questão de manifestar seus gostos musicais. Nesse campo, disse que gostava de música popular brasileira, do forró, e manifestou a sua admiração pelo cantor Zé Ramalho. Chegou a cantarolar a música Cidadão, de Zé Geraldo. Disse ainda que era apaixonado por futebol e mesmo respeitando e admiração pela nação trezeana torcia pelo Campinense.

Por fim, disse que se sentia um homem que vencia os obstáculos e que por isso, era agradecido a Deus pelas vitórias e derrotas. Em 23 anos de vida pública, disputou 10 eleições. Venceu 8 e perdeu duas. “Nas duas derrotas que tive saiu um aprendizado muito grande para as 8 vitórias que Deus e o povo de Campina me concederam”, disse.

Como recado final, pediu aos paraibanos para praticar o mandamento do amor. “Ame. Esse é o maior mandamento”, disse.



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