A Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba estará realizando nesta terça feira (06) uma sessão especial para homenagear o Dia Internacional da Mulher.
Na sessão, seis mulheres paraibanas estarão sendo homenageadas dentre elas a cajazeirense Soia Lira, atriz renomada e consagrada pelos seus inúmeros trabalhos no cinema.
Soia Lira é irmã da esposa do deputado estadual Antônio Vituriano de Abreu Dra. Fátima, que estará presente acompanhando a homenagem.
Conheça mais um pouco da atriz cajazeirense Soia Lira:
Maria Auxiliadora Lira de Souza nasceu em Cajazeiras, Paraíba, no dia 6 de março de 1962. Mas foi como Soia Lira que ela se tornou uma das mais aclamadas atrizes de seu estado e com projeção nacional. Quem a viu no teatro em “Vau da Sarapalha”, do Grupo Piollin, com direção de Luiz Carlos Vasconcelos, jamais se esqueceu de sua interpretação arrebatadora – e foram platéias de várias cidades brasileiras e também da Espanha, Alemanha, Inglaterra, Portugal e, Bélgica: “eu não tinha noção de que esse espetáculo e também o meu personagem fariam esse grande sucesso. Depois que a gente estreou em João Pessoa, a primeira vez que saímos com o “Vau” foi para o Festival de São José de Rio Preto, no interior de São Paulo. E ganhamos todos os prêmios, porque na época o festival tinha premiação para Melhor Ator, Melhor Atriz, e o espetáculo arrebatou todos os prêmios – Melhor Direção, Melhor Espetáculo. Eu ganhei Melhor Atriz Coadjuvante, porque no espetáculo eu não sou a atriz principal. E voltamos para João Pessoa com esses prêmios todos, e aí começou aquele bochicho de que o espetáculo era muito bom e entramos em cartaz em João Pessoa com a casa lotada. Porque antes de viajar a gente ficou em cartaz durante dois meses e não dava ninguém no teatro. A gente apresentava para duas pessoas”.
Soia Lira começou a carreira artística no teatro ainda criança, ao lado dos irmãos Buda Lira, Nanego Lira e Bertrand Lira, “Eu comecei a fazer teatro lá, em Cajazeiras, nessa cidadezinha, desde criança e com outras pessoas da minha idade. A gente começou a brincar, era como se fosse uma brincadeira, a gente não tinha uma pretensão que isso poderia chegar onde chegou”. O encontro com o ator e diretor Luiz Carlos Vasconcelos foi fundamental: “O Luiz Carlos começou a fazer um trabalho com a gente, ele ficou tão fascinado, porque eram crianças fazendo espetáculo para adulto, e a gente tinha uma garra tão grande que ele ficou admirado”.
Duas décadas depois, com o espaço no teatro já consquistado, foi a vez de Soia Lira ser projetada também no cinema como Ana, a mãe de Josué (Vinícius Oliveira), em “Central do Brasil”, de Walter Salles: “Eu me lembro que quando eu cheguei lá eu era a Ana mesmo, porque eu cheguei tão acanhada. Eu já tinha mais de 20 anos de teatro, mas mesmo assim eu fui sem acreditar que eu ia trabalhar com a Fernanda Montenegro. Era um sonho, que eu não acreditava, mas que ao mesmo tempo, eu falava, “não, mas eu faço teatro, eu vivo isso”. E quando você chega perto dessas pessoas, porque você tem uma imagem pela televisão que invade sua casa, você vê que são pessoas como você, os mesmos medos, as inseguranças”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário