o ex-mecânico Marcos Mariano da Silva passou 19 anos preso por engano e lutava na Justiça para receber indenização do Estado. Na última terça-feira, Marcos Mariano foi encontrado morto por sua esposa, horas depois de ter sido informado que sua espera tinha chegado ao fim
Ele, como o próprio Superior Tribunal de Justiça (STJ) classificou, foi “vítima do maior e mais grave atentado à violação humana já visto na sociedade brasileira”. Marcos foi preso em 1976 porque tinha o mesmo nome de um suspeito de homicídio. O verdadeiro culpado foi preso quatro anos depois e Marcos foi colocado em liberdade. Pouco tempo depois, em uma blitz, foi novamente detido e, por várias falhas apontadas pela defesa, foi preso outra vez. No presídio Aníbal Bruno, no Recife, o ex-mecânico ficou cego, devido a estilhaços de uma bomba durante uma rebelião, e adquiriu tuberculose.
Segundo a família, Marcos recebeu a notícia do advogado por volta das 15h. Às 16h, ele foi dormir um pouco e não acordou. Ainda de acordo com a família, ele não estava doente. A causa da morte ainda não foi determinada pelo Serviço de Verificação de Óbitos (SVO).
Em 2009, parte da indenização por danos morais e materiais, de R$ 2 milhões, foi paga pelo Estado. Para não pagar a segunda parte, o Estado recorreu da sentença na Justiça e na terça o STJ negou o recurso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário