segunda-feira, 26 de março de 2012

Padre Luiz Couto se humilha em Brasília e pede perdão ao senador Vitalzinho



Clilson Júnior
Padre Luiz Couto se humilha em Brasília e pede perdão ao senador  Vitalzinho

O deputado federal, Padre Luiz Couto (PT-PB) se humilhou na tarde de hoje durante o pequeno expediente da Câmara dos Deputados e pediu perdão publicamente ao presidente nacional do PT, Rui Falcão, depois de r cobrado explicações sobre a suposta participação do colega de partido na chamada "Privataria Tucana" retratada em um livro que acusa o PSDB de ter cometido irregularidades no governo federal e ao Senador Vital do Rêgo, depois chamá-lo de "bandido".

O pronunciamento no pequeno expediente da Câmara dos Deputados, nesta segunda-feira (26),

Leia o pronunciamento na íntegra:  
  
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados. Na
noite de ontem, no Fantástico, programa dominical da Rede Globo, ouvi o lutador
Anderson Silva dizer que como contumaz vencedor, tantas vezes campeão, nunca
deixou de ter medo. É dele a seguinte frase: Quem não tem medo é um
irresponsável.
 
Retiro da sabedoria de Anderson Silva, um
homem de origem humilde que conseguiu ser grande na sua arte de lutar, mais um
importante ensinamento para a minha militância política: sem me amedrontar
diante da imprensa, preciso temer os golpes do jornalismo de emboscada que
determinados setores da mídia praticam para alcançar seus objetivos
mercadológicos e satisfazer a sua busca de sucesso fácil.
 
Na última sexta-feira, em João Pessoa, fui
pego de surpresa com mais um golpe do jornalismo de emboscada. Alguns blogs e
programas de rádio divulgaram dois fragmentos de uma fala que eu tinha feito em
uma conversa restrita, uma reunião interna com companheiras e companheiros do PT
em uma sala na sede do Sindicato dos Bancários da Paraíba.
  
Naquela ocasião, estávamos conversando sobre a
conjuntura política na Paraíba e as disputas travadas no PT do Município de João
Pessoa, quando eu fui informado de que o companheiro Rui Falcão, presidente
nacional do meu partido, iria participar do encontro de delegadas e delegados do
PT para deliberar sobre a tática política do nosso partido nas eleições de 2012
na nossa Capital.
 
Naquele momento então eu falei, num tom
informal, com meus companheiros e companheiras, que, se Rui Falcão viesse à
Paraíba no dia 29 de março, na próxima quinta-feira, data do lançamento do livro
A Privataria Tucana em João Pessoa, ele seria interpelado sobre os dois
capítulos que no livro citam seunome.
 
Minha conversa informal com pessoas do meu
círculode amizades e de militância política estava sendo gravada por um espião
que se diz jornalista e que estava infiltrado em nossa reunião. Quando o espião
percebeu que tinha sido descoberto em um ambiente que não era o seu e para o
qual não foi convidado, correu, fugiu e cuidou de montar uma intriga entre minha
pessoa e a de Rui Falcão.
  
O espião infiltrado pinçou uma frase dentro de
um contexto mais geral para envenenar, criar um factoide. Pior, alguns
companheiros do PT, que democraticamente têm divergências de concepção política
comigo, fizeram coro com o espião, para apressadamente tecer uma divergência
entre eu e o companheiro Rui Falcão e, por tabela, com a direção nacional do
PT.

Retomo aqui ensinamento do lutador Anderson
Silva para os ringues, que trago agora para minha militância,para dizer
novamente aos meus pares nesta casa que, para ser responsável sem se deixar
amedrontar, épreciso ter medo dos golpes baixos que surgem na luta política. O
mais perigoso éficar e morar nas garras do medo. É preciso sair para fora.
Olhando nos olhos do risco. A vida é cheia de riscos. Essa frase é do Frei
Prudente Nery.
 
Nós que somos forjados nas lutas em defesa da
liberdade e da democracia, nós que defendemos a liberdade de imprensatemos que
temer os artifícios daqueles que, infiltrados na mídia, crentes de que os fins
justificam os meios, lançam mão da espionagem, da emboscada, da edição criminosa
de matérias para tecer intrigas.
  
Contudo, quero pedir desculpas por opiniões
pessoais que foram indevidamente externadas no calor das discussões. Indignado
com as injustiças que temos enfrentado, errei ao externar concepções minhas
sobre duas autoridades públicas. Por este fato, Sr. Presidente, quero
publicamente pedir desculpas ao Senador Vital do Rêgo, ao Presidente do PT
Nacional, Rui Falcão, e aos demais que se sentiram ofendidos pelo que
falei.
 
Ao companheiro Rui Falcão expresso aqui as
minhas explicações e ratifico todo o meu respeito.
 
Era o que tinha a dizer, Sr.
Presidente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário