quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Vital do Rêgo estimula debates sobre a proibição a aditivos e novas embalagens de cigarros

“Quem vê cara não vê coração”, diz o ditado popular, totalmente verdadeiro no caso do cigarro. A maioria dos fumantes não imagina que as consequências do fumo sobre o aparelho circulatório são devastadoras. Como médico o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) está empenhado em implementar medidas para diminuir o tabagismo e apoiar os agricultores produtores de tabaco na busca de alternativas de produção.
Entre as medidas estão seu apoio as discussões com a sociedade sobre as consultas públicas (CP) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que ocorrem esta semana na capital federal e já tiveram ampla divulgação até março pela internet. Ele cita como exemplo a CP 112/2010, que propõe a proibição de aditivos que conferem sabor doce, mentolado ou de especiarias aos produtos derivados do tabaco. Já a CP 117/2010 prevê regras para a impressão das imagens de advertências sanitárias, para a restrição da propaganda aos pontos de venda e na internet. “Com essas medidas pretendemos diminuir a atratividade desses produtos e impedir que jovens e adolescentes comecem a fumar”, afirma o senador.
Antifumo – Vital lembra que o Brasil ratificou, em novembro de 2005, sua participação à Convenção-Quadro para Controle do Tabaco (CQCT/OMS), comprometendo-se a implementar medidas para diminuir o tabagismo e apoiar os agricultores produtores de tabaco na busca de alternativas. Entre as medidas estão o “apoio a atividades alternativas economicamente viáveis” à cultura do fumo (Artigo 17) e “proteção do meio ambiente e saúde das pessoas” na cultura do fumo (Artigo 18).
Males do fumo - Ao dar uma tragada, há um imediato aumento dos batimentos cardíacos, elevação da pressão arterial e constrição dos vasos, o que obriga o coração a exercer maior esforço para bombear o sangue. Com o tempo, eleva-se a probabilidade de desenvolvimento de doenças coronarianas, como angina, infarto, derrame, espasmo, arritmia cardíaca e morte súbita. Não é demais lembrar que quase todas as pessoas com até 35 anos que sofrem infarto são fumantes.
Segundo pesquisa divulgada recentemente pelo Dr. Marcos Fábio Lion, cardiologista, fundador e ex-presidente da Sociedade Paulista de Cardiologia, quando se pára de fumar, o risco de infarto decresce rapidamente nos primeiros cinco anos, caindo 50% logo no primeiro ano. Para quem consumia menos de 20 cigarros diários, a chance de infarto se iguala às de não-fumantes no final de 10 anos. Porém, para os fumantes de mais de 20 cigarros por dia, serão necessários 15 anos de abandono do vício para ter as mesmas chances de uma pessoa que nunca fumou. E mais, as conquistas da medicina e de melhores condições sociais, que visam ao aumento da vida média, estão sendo de certo modo anuladas pelo tabagismo.

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