quinta-feira, 20 de outubro de 2011


Vice-presidente do CNT confirma morte de Kadhafi

Trípoli (Líbia) - Abdel Hafiz Ghoga, vice-presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT), que governa a Líbia, confirmou nesta quinta-feira em entrevista coletiva realizada em Benghazi a morte do ex-ditador Muammar Kadhafi.
"Kadhafi foi morto em poder dos rebeldes", disse Ghoga. Uma fonte do escritório de informação do Conselho Local da cidade de Misrata havia informado que Kadhafi morreu durante a tomada da cidade de Sirte, sua cidade natal, pelos insurgentes de Misrata, uma das cidades que resistiu ao assédio das forças pró-Kadafi durante o conflito armado que começou em 17 de fevereiro.
Reprodução Internet
Foto de suposto cadáver de Muammar Kadhafi circula pela internet | Foto: Reprodução Internet
A fonte explicou que Kadhafi estava em um cativeiro no porão de uma casa em Sirte, cercada há vários dias pelos rebeldes. Aparentemente, quando desceram para detê-lo, houve um tiroteio entre os rebeldes e a guarda pessoal do ex-ditador, que foi ferido e morreu minutos depois.
As ruas de Trípoli ficaram repletas de pessoas que festejaram a notícia e espera-se que o presidente do conselho rebelde, Mustafa Abdel Jalil, conceda em breve uma entrevista coletiva.
Trajetória de Kadhafi
Kadhafi nasceu em Sirte, em 1942, em uma família de beduínos presentes no poder. Toda sua formação educacional foi feita em academia militar.

Em 1º de setembro de 1969, tomou o poder junto com um grupo de oficiais. Inspirado na Constituição egípcia, seu lema nacional foi "Liberdade, socialismo e unidade". Em 1971, criou a União Socialista Árabe, único partido no país. 

Em 1977 assumiu a Presidência do Conselho de Comando da Revolução e proclamou a República Árabe Líbia com o nome de Grande Jamahiriya Árabe Popular Socialista da Líbia. Pretendia criar a unidade no mundo árabe.

No ano de 1984, a criação de duas novas secretarias, a de Universidades e de Segurança Exterior, resultou em maior mobilização dos grupos opositores, com destaque para a Frente Nacional para a Salvação da Líbia.

Na primavera árabe que começou em fevereiro de 2011, motivados pelos protestos populares que aconteciam na Tunísia e Egito que resultou no fim de seus regimes, rebeldes se insurgiram na Líbia até a derrubada do governo e captura de Kadhafi.
Com informações da EFE

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