Recentemente comentei aqui neste espaço o clima que paira na relação entre o Governador Ricardo Coutinho (PSB) e o Senador Cássio Cunha Lima (PSDB). Citei exemplos de momentos em que as rusgas comuns aos dois e aos assessores foram externadas, através do relato de testemunhas que presenciaram a ira do Senador com o modo como RC governa a Paraíba.
O comentário foi um dos mais acessados dos últimos meses e após ele ser postado, vi Cássio defendendo Ricardo num debate entre os três senadores paraibanos, em rede nacional, veiculado pela TV Senado. O tema era ‘Desenvolvimento da Paraíba', mas o que chamou a atenção dos apresentadores do programa e de quem assistia Brasil afora foi Cássio defender o fechamento das escolas estaduais na Paraíba.
Enquanto isso, os outros dois participantes, Cícero Lucena (PSDB) e Vital do Rêgo (PMDB) criticaram a posição do Governador. “Sou seu aliado, Cássio, mas não posso defender isso”, disse Cícero. “Peraí, Cássio, defender fechamento de escolas não dá, né?”, arrematou Vital. Cássio apenas riu. E o sorriso provocou comentários...
Outro dia, perguntado sobre o que achava de o Governador Ricardo Coutinho desrespeitar os Planos de Cargos de diversas categorias, efetivados no seu governo, ou até mesmo sobre a decisão do governador de desrespeitar a autonomia financeira da UEPB, Cássio se saiu com a desculpa – amarela – de que “o Governador sabe o que faz”.
No caso da TV Senado, talvez Cássio tenha escolhido um momento não oportuno para tentar demonstrar que a relação entre ele e o Governador vai boa. Inoportuno por que, naquele momento, teve que defender algo que não se defende normalmente: fechar escolas num Estado que carece de uma Educação eficaz.
Como Ricardo, nos últimos meses, tem dado mostras de que sabe retribuir quem lhe faz um afago, recentemente nomeou aliados de CCL, após as desincompatibilizações naturais, forçadas pelo período eleitoral. Voltou tudo ao normal? Será?
Mas o que quero dizer, mesmo, não é isso. Comentei só um pouco do que vimos nos últimos dias, após a publicação do último comentário. Na verdade, o que quero colocar é diferente: Cássio não rompe com Ricardo – além dos motivos citados no comentário anterior – simplesmente porque Cássio vai ter que engolir Ricardo Coutinho goela abaixo, novamente, em 2014.
Seguinte: Ricardo, com governo desgastado ou não, é candidato à reeleição. Se melhorar a imagem até lá, é um forte candidato. Se não, idem, pois terá a seu favor uma estrutura estadual ramificada em todos os municípios paraibanos. E isso não é pouca coisa não.
Cássio, apanhado pela Lei Ficha Limpa, está fora da disputa de 2014. Claro que o discurso já pode estar pronto: foi eleito para ser Senador, quer servir à Paraíba como tal, não pode abandonar o cargo que os paraibanos lhe conferiram, coisa e tal.
Como principal opositor, aparece o Prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital do Rêgo, tradicional adversário de Cássio em Campina Grande. E, entre ficar do lado de Ricardo ou do lado de Veneziano, Cássio deve, novamente, engolir Ricardo a seco. Por isso a sua torcida para que o Mago acerte as coisas no Governo, o que não fez até o momento, passados quase um ano e meio de mandato.
Para Cássio, é assim: ruim com Ricardo desgastado, pior sem ele. É continuar levando, evitando comentar sobre o governo, driblando os questionamentos da imprensa e tendo que amargar situações vexatórias como a do debate da TV Senado. Aquele sorrisinho, Senador, no momento em que o senhor ficou acuado com a questão do fechamento das escolas, disse tudo...
Carlos Magno
O comentário foi um dos mais acessados dos últimos meses e após ele ser postado, vi Cássio defendendo Ricardo num debate entre os três senadores paraibanos, em rede nacional, veiculado pela TV Senado. O tema era ‘Desenvolvimento da Paraíba', mas o que chamou a atenção dos apresentadores do programa e de quem assistia Brasil afora foi Cássio defender o fechamento das escolas estaduais na Paraíba.
Enquanto isso, os outros dois participantes, Cícero Lucena (PSDB) e Vital do Rêgo (PMDB) criticaram a posição do Governador. “Sou seu aliado, Cássio, mas não posso defender isso”, disse Cícero. “Peraí, Cássio, defender fechamento de escolas não dá, né?”, arrematou Vital. Cássio apenas riu. E o sorriso provocou comentários...
Outro dia, perguntado sobre o que achava de o Governador Ricardo Coutinho desrespeitar os Planos de Cargos de diversas categorias, efetivados no seu governo, ou até mesmo sobre a decisão do governador de desrespeitar a autonomia financeira da UEPB, Cássio se saiu com a desculpa – amarela – de que “o Governador sabe o que faz”.
No caso da TV Senado, talvez Cássio tenha escolhido um momento não oportuno para tentar demonstrar que a relação entre ele e o Governador vai boa. Inoportuno por que, naquele momento, teve que defender algo que não se defende normalmente: fechar escolas num Estado que carece de uma Educação eficaz.
Como Ricardo, nos últimos meses, tem dado mostras de que sabe retribuir quem lhe faz um afago, recentemente nomeou aliados de CCL, após as desincompatibilizações naturais, forçadas pelo período eleitoral. Voltou tudo ao normal? Será?
Mas o que quero dizer, mesmo, não é isso. Comentei só um pouco do que vimos nos últimos dias, após a publicação do último comentário. Na verdade, o que quero colocar é diferente: Cássio não rompe com Ricardo – além dos motivos citados no comentário anterior – simplesmente porque Cássio vai ter que engolir Ricardo Coutinho goela abaixo, novamente, em 2014.
Seguinte: Ricardo, com governo desgastado ou não, é candidato à reeleição. Se melhorar a imagem até lá, é um forte candidato. Se não, idem, pois terá a seu favor uma estrutura estadual ramificada em todos os municípios paraibanos. E isso não é pouca coisa não.
Cássio, apanhado pela Lei Ficha Limpa, está fora da disputa de 2014. Claro que o discurso já pode estar pronto: foi eleito para ser Senador, quer servir à Paraíba como tal, não pode abandonar o cargo que os paraibanos lhe conferiram, coisa e tal.
Como principal opositor, aparece o Prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital do Rêgo, tradicional adversário de Cássio em Campina Grande. E, entre ficar do lado de Ricardo ou do lado de Veneziano, Cássio deve, novamente, engolir Ricardo a seco. Por isso a sua torcida para que o Mago acerte as coisas no Governo, o que não fez até o momento, passados quase um ano e meio de mandato.
Para Cássio, é assim: ruim com Ricardo desgastado, pior sem ele. É continuar levando, evitando comentar sobre o governo, driblando os questionamentos da imprensa e tendo que amargar situações vexatórias como a do debate da TV Senado. Aquele sorrisinho, Senador, no momento em que o senhor ficou acuado com a questão do fechamento das escolas, disse tudo...
Carlos Magno
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