quarta-feira, 30 de maio de 2012

Vital do Rêgo busca alternativas para expandir produção leiteira na Paraíba



Senador destaca que 60% da produção nacional de leite vem da agricultura familiar


Na condição de membro da Subcomissão de Desenvolvimento do Nordeste, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) lamentou a falta de compromisso do governador Ricardo Coutinho (PSB) para com os pecuaristas paraibanos que estão sofrendo com seus rebanhos isolados do resto do Nordeste. Vital comenta levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) onde mostra que ao contrário do que ocorre no cenário nacional aonde nos últimos cinco anos, a produção nacional de leite e derivados cresceu 22,2%, passando dos 25,2 bilhões de litros de leite em 2006, para 30,8 bilhões em 2011, a Paraíba tem sua produção prejudicada devido à falta de planejamento do Governo do Estado que ainda não conseguiu cumprir todas as exigências do Ministério da Agricultura para partir para esta etapa na busca pela classificação como zona livre da febre aftosa.

Vital do Rêgo lembra que o levantamento do IBGE revelou que mais de 60% deste total ou cerca de 2/3 da produção nacional vêm de 1,3 milhão de estabelecimentos da agricultura familiar, que estão conquistando mercado por conta de políticas públicas que faltam aos produtores paraibanos.
O senador peemedebista entende que a cadeia produtiva do leite deve ocupar um lugar de destaque nas ações de qualquer governo, pois se trata de um produto que garante renda regular ao agricultor familiar. Daí cita a necessidade de se financiar, permanentemente, a modernização dos produtores e das cooperativas.

Vital tem procurado constantemente o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), com intuito de ampliar volume e diversificar produtos paraibanos deste setor.  Quem apoia esta iniciativa é o diretor de Geração de Renda e Agregação de Valor da Secretaria de Agricultura Familiar (SAF) do MDA, Arnoldo Campos.

De acordo com ele, o estímulo à atividade das cooperativas permite ampliar volume e diversificar produtos. Dentre as políticas públicas do MDA para o setor, são destaques o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) através do crédito rural, o Programa de Garantia de Preços Mínimos da Agricultura Familiar (PGPM-AF) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) – que conta com um sub-programa que visa o aumento do consumo de leite pelas famílias que se encontram em situação de insegurança alimentar e, também, incentiva a produção de agricultores familiares. “O PPA-Leite atua, especificamente, no território da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), beneficiando todos os estados da região Nordeste e, também, o norte de Minas Gerais”, diz Campos.

Além desses programas, o parlamentar está na busca de ajudar a agricultura familiar  paraibana através do Programa de Garantia de Preços (PGPAF) , que concede desconto para o pagamento de financiamentos de custeio e investimento. O valor é abatido quando o produto financiado no mercado está abaixo do preço de garantia. “Esse conjunto de políticas tem uma relação estreita com a garantia da segurança alimentar à população. Ou seja, o desenvolvimento da produção garante o abastecimento estável, ao mesmo tempo que protege a população das grandes flutuações do mercado internacional”, afirma Vital.

Política setorial visa retomada exportação
A Política Setorial do Leite (PSL) visa preparar a agricultura familiar para superar os gargalos e ampliar a produção de matéria-prima para voltar a exportar. O senador entende que está pode ser uma saída para os produtores paraibanos que já tem um rebanho bovino que segundo o IBGE já chega há 1,244 milhão de animais, totalmente isolados das divisas de estados como Pernambuco e Ceará.

O Brasil é o quinto maior produtor de leite do mundo, atrás apenas dos EUA, Índia, China e Rússia. A atividade leiteira se faz presente em 554 das 558 regiões consideradas pelo IBGE, o que garante o potencial de crescimento da produção nacional.

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