Pela primeira vez na história da polícia de Minas Gerais, dois cães policiais, que morreram durante operação militar na cidade de Ribeirão das Neves, foram cremados com honras militares. A cerimônia aconteceu nesta sexta-feira, no quartel da 1ª Companhia de Missões Especiais (CME), de Contagem. Os cachorros Lyon e Dox, da raça pastor alemão, foram baleados por criminosos. Mais de 100 pessoas, entre civis e policiais, participaram da cremação.
O subtenente Edmar Geraldo dos Santos explicou que os cães fazem parte da coorporação e são considerados militares, por isso a decisão de prestar a última homenagem aos animais que deram suas vidas pelos policiais.
- Todo o treinamento do cão é para preservar a vida do policial e do bandido. Os animais são treinados para atingir pontos não vitais. Eles apenas imobilizam um suspeito até que um policial possa efetuar a prisão - disse.
O sargento Wellys Lucindo, condutor há três anos do cachorro Lyon era um dos mais emocionados:
- É a mesma coisa que perder um familiar. Sabemos que eles são treinados para isso, mas não somos preparados para perdê-los - ressaltou ele, enquanto relembrava com os companheiros o comportamento do cão durante as operações policiais.
O veterinário responsável pelos cães, Fernando Pinto Pinheiro, contou que Dox estava para se aposentar.
- Os cães têm um período de oito anos de serviço policial, mas como o Dox estava com um problema na articulação, mesmo sem completar todo o serviço, ele seria retirado da atividade. Independentemente do que ele produz de benefício, o que importa é a saúde - afirmou
As cinzas dos cachorros foram levadas para o canil onde eles moravam. Depois da cerimônia, os policias seguiram para a Companhia de Missões Especiais para uma solenidade em homenagem aos animais.
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