Em 26 de julho do ano passado, através do microblog no Twitter, Cássio comunicou o diagnóstico encontrado pelos médicos do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde o pai fazia exames.
Ele confirmou que o pai possuía um adenocarcinoma (espécie de câncer que se origina em tecido glandular) no pulmão esquerdo.
Cássio postou: “O diagnóstico do Poeta foi fechado: Adenocarcinoma no pulmão esquerdo. Ele fará apenas radioterapia e ficará curado. Obrigado pela solidariedade”.
O tratamento começou a ser realizado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo (SP), sob a coordenação do cirurgião torácico Riad Younes.
Lutando contra um câncer de pulmão, com metástase, Ronaldo chegou na segunda-feira (26) ao ponto mais crítico de sua luta diária para sobreviver.
Desde novembro último, tem debilitado sua saúde a ponto de deixá-lo imobilizado sobre uma cama, respirando com ajuda de aparelhos.
No final do ano passado, Ronaldo se submeteu a uma punção no pulmão, em São Paulo (SP), quando foi detectado o tumor.
O tratamento vinha se dando por radioterapia e chegou a apresentar, após a terceira aplicação, uma redução do câncer na ordem de 17%.
Os problemas decorrentes do Acidente Vascular Cerebral (AVC) impediram a continuação da terapia química de Ronaldo.
Ele decidiu voltar à Paraíba. Passou algumas semanas na casa de veraneio, na praia do Bessa. Com a evolução da doença, a família optou por leva-lo ao apartamento do prédio, que fica por trás do Mercado de Artesanato da Paraíba, na praia de Tambaú, também em João Pessoa.
Esta semana, um dos pulmões só funcionou com 30% da capacidade. Da segunda para terça-feira, o outro pulmão paralisou totalmente.
Em 1999, Ronaldo sofre AVC que deixa sequelas
A saúde do ex-governador começou a apresentar problemas ainda em 1999, aos 63 anos de idade, quando sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC), em Brasília (DF), onde foi hospitalizado no dia 29 de abril. Ele estava em seu apartamento na Capital Federal e foi socorrido por seu irmão, Renato Cunha Lima.
O então senador paraibano chegou ao Hospital Santa Lúcia com o lado esquerdo do corpo paralisado. Ronaldo nunca se recuperou completamente do AVC, que deixou fortes sequelas, ocasionando a diminuição de suas aparições públicas.
Oito anos depois, em 1º novembro de 2007, Ronaldo foi internado no Hospital da Unimed, em João Pessoas, depois de ter passado mal em seu apartamento no bairro de Tambaú. Ele tinha um quadro de isquemia e sentia taquicardia.
Como todo poeta, Ronaldo possuía uma alma sensível e a política era, segundo suas próprias palavras, seu “momento de loucura”.
O AVC foi sofrido um dia depois dele ter levado à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigava o Poder Judiciário da Paraíba denúncias segundo as quais o então juiz Josias Gomes dos Santos Neto, do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), acumulava o cargo de assessor especial da Procuradoria-Geral do Estado e ainda estaria integrando o quadro societário da empresa Support Factoring Fomento Comercial Ltda.
O então senador atribuía ao juiz a derrota no processo que moveu na Justiça Eleitoral para anular a convenção do PMDB, vencida por José Maranhão, em julho de 1998. Na época, Maranhão, que havia assumido o mandato de governador com a morte do eleito, Antônio Mariz, se apresentou como candidato à reeleição, instituto recém-criado na legislação eleitoral brasileira.
A convenção, realizada no Clube Cabo Branco (de João Pessoa), foi marcada por denúncias de compra de votos e até de confinamento de filiados com direito a voto. Maranhão ganhou na convenção e Ronaldo liderou uma debandada da legenda peemedebista, com seus principais aliados indo parar no PSDB.
“Há momentos em que o corpo não consegue reagir à pusilanimidade”, resumiu o seu primo, então deputado Arthur Cunha Lima, associando o AVC às contrariedades de Ronaldo.
Já o seu quadro de isquemia foi manifestado um dia após renunciar ao cargo de deputado federal, evitando assim seu julgamento no STF, marcado para o dia 5 de novembro de 2007, por atentar contra a vida do ex-governador Tarcísio Burity, em novembro de 1993.
Com a renúncia, cinco dias antes do julgamento no Supremo, Ronaldo perdeu o foro privilegiado e seu processo foi para a Justiça Comum e votou a tramitar no Tribunal de Justiça da Paraíba. Até hoje, o processo não foi concluído em primeira instância.
Arquivo com Correio
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