Presidente da Comissão Externa de acompanhamento das obras do Rio São Francisco, constituída no Senado Federal, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), lamentou a falta de projetos do governo do Estado para deixar a Paraíba no ponto para receber as águas do velho Chico.
O senador que conhece bem a Paraíba, lamentou que os rios que cortam o Estado, estejam todos assoreados, poluídos e sem condições de receber as águas do Rio São Francisco.
Tendo como base um relatório produzido pela Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) , Vital alertou para a necessidade de execução urgente de um projeto de despoluição e desassoreamento de mananciais que integram as bacias dos rios Piranhas e Paraíba.
Para o senador Paraíba já deveria estar preparada para receber as águas do São Francisco e cumprir os requisitos exigidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), mas não são dadas as condições para que os municípios cumpram.
Vital do Rêgo cobrou do governo ações urgentes no sentido de dotar a Paraíba de estrutura suficiente para receber as águas do Rio São Francisco, como os projetos de tratamento de resíduos sólidos e esgotamento sanitário.
Para o senador, dói saber que a Paraíba ainda não está preparada para ser beneficiada com um projeto tão grandioso apontado como a redenção do Nordeste. Até o momento segundo o senador, a Paraíba não preparou a infraestrutura e saneamento básico, itens essenciais para a interligação de bacias. Ele observou que para que as águas do rio São Francisco cheguem a Paraíba, é preciso que rios estejam limpos, as as bacias interligadas, principalmente na região do Cariri. Segundo
Vital enfatizou que as bacias dos rios Piranhas, Taperoá e Boqueirão estão despreparadas. "É preciso despoluir os rios, dentro de um projeto que incorpore também a irrigação de forma sustentável”, observou Vital.
Vital do Rêgo disse ainda que assoreamento de mananciais como o rio Taperoá e o rio Paraíba, que são afluentes do açude de Boqueirão (Epitácio Pessoa), tem provocado uma série de problemas ao reservatório que abastece 18 cidades e sete distritos do Compartimento da Borborema.
Por causa das dificuldades enfrentadas por estes rios, o açude deixa de receber água e, consequentemente, o abastecimento das cidades atendidas por ele fica prejudicado, especialmente em períodos de seca, como vem ocorrendo nos últimos meses, devido à falta de chuvas regulares.
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