Considerado um dos maiores traficantes do país, Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, começou a cursar a faculdade deteologia no presídio federal de Catanduvas (PR), onde cumpre pena atualmente.
Aprovado no vestibular da FTBP (Faculdade Teológica Batista do Paraná), Beira-Mar realizará o curso à distância, por meio de apostilas. A primeira já foi entregue.
A faculdade prevê, ao todo, 3.180 horas de aulas com temas relacionados à sociologia, filosofia, história, teologia, sociologia, metodologia, entre outros.
Todas as provas serão acompanhadas por um professor da instituição que será escolhido por sorteio.
O traficante demonstrou interesse em estudar teologia durante um culto evangélico ministrado pelo capelão Luiz Magalhães, pastor da Igreja Batista do Bacacheri, de Curitiba.
De acordo o professor Jaziel Guerreiro Martins, diretor da faculdade, Beira-Mar começou a questionar o capelão sobre questões relacionadas à fé e disse que gostaria de conhecer "mais a fundo" a religião.
Como já havia um detento cursando teologia dentro do presídio, o capelão sugeriu que se inscrevesse no vestibular.
No final de fevereiro, um professor aplicou as provas dentro da cela. Aprovado, o traficante foi matriculado no curso com a chancela da Justiça.
A mensalidade, no valor de R$ 242,00, será paga pela Igreja Batista do Bacacheri, que decidiu doar uma bolsa de estudo ao traficante
A igreja costuma custear mensalidades de seus membros que não têm condições financeiras para pagá-las. No caso de Beira-Mar, a legislação proíbe que familiares custeiem os estudos.
Na semana passada, durante julgamento no Rio de Janeiro que o condenou a mais 80 anos de prisão por ordenar assassinatos, Beira-Mar revelou que estava cursando teologia, admitiu alguns crimes, disse que sofria muito e queria pagar o que deve à Justiça.
Para o diretor da FTBP, a declaração de Beira-Mar sugere que há um "mover de Deus" em sua vida. "Existe algo dentro dele que o está levando para mais perto de Deus", afirmou.
Segundo Martins, é "quase impossível", alguém como Beira-Mar declarar que pretende pagar pelos crimes se não estiver motivado por uma mudança, mas disse que ele deve cumprir a pena imposta pela Justiça.
O Ministério da Justiça informou que todos os presos têm direito à educação conforme prevê a Constituição Federal e a Lei de Execuções Penais.
Além de Beira-Mar, outro preso que cumpre pena em Catanduvas faz o curso superior à distância e dez cursam o Ensino Médio.
Atualmente, 116 presos de diferentes partes do país estão recolhidos no presídio do Paraná, primeira unidade prisional federal, inaugurada em 2006.
Folha de São Paulo
Aprovado no vestibular da FTBP (Faculdade Teológica Batista do Paraná), Beira-Mar realizará o curso à distância, por meio de apostilas. A primeira já foi entregue.
A faculdade prevê, ao todo, 3.180 horas de aulas com temas relacionados à sociologia, filosofia, história, teologia, sociologia, metodologia, entre outros.
Todas as provas serão acompanhadas por um professor da instituição que será escolhido por sorteio.
O traficante demonstrou interesse em estudar teologia durante um culto evangélico ministrado pelo capelão Luiz Magalhães, pastor da Igreja Batista do Bacacheri, de Curitiba.
De acordo o professor Jaziel Guerreiro Martins, diretor da faculdade, Beira-Mar começou a questionar o capelão sobre questões relacionadas à fé e disse que gostaria de conhecer "mais a fundo" a religião.
Como já havia um detento cursando teologia dentro do presídio, o capelão sugeriu que se inscrevesse no vestibular.
No final de fevereiro, um professor aplicou as provas dentro da cela. Aprovado, o traficante foi matriculado no curso com a chancela da Justiça.
A mensalidade, no valor de R$ 242,00, será paga pela Igreja Batista do Bacacheri, que decidiu doar uma bolsa de estudo ao traficante
A igreja costuma custear mensalidades de seus membros que não têm condições financeiras para pagá-las. No caso de Beira-Mar, a legislação proíbe que familiares custeiem os estudos.
Na semana passada, durante julgamento no Rio de Janeiro que o condenou a mais 80 anos de prisão por ordenar assassinatos, Beira-Mar revelou que estava cursando teologia, admitiu alguns crimes, disse que sofria muito e queria pagar o que deve à Justiça.
Para o diretor da FTBP, a declaração de Beira-Mar sugere que há um "mover de Deus" em sua vida. "Existe algo dentro dele que o está levando para mais perto de Deus", afirmou.
Segundo Martins, é "quase impossível", alguém como Beira-Mar declarar que pretende pagar pelos crimes se não estiver motivado por uma mudança, mas disse que ele deve cumprir a pena imposta pela Justiça.
O Ministério da Justiça informou que todos os presos têm direito à educação conforme prevê a Constituição Federal e a Lei de Execuções Penais.
Além de Beira-Mar, outro preso que cumpre pena em Catanduvas faz o curso superior à distância e dez cursam o Ensino Médio.
Atualmente, 116 presos de diferentes partes do país estão recolhidos no presídio do Paraná, primeira unidade prisional federal, inaugurada em 2006.
Folha de São Paulo
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