Senador destaca que 60% da produção nacional
de leite vêm da agricultura familiar
Na condição de membro da Subcomissão de Desenvolvimento
do Nordeste, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) vem mantendo contato constante
com o Ministério da Agricultora, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para dar
celeridade à auditoria do órgão na saúde animal na Paraíba, que está isolada
desde o não cumprimento por parte do Governo do Estado das metas de vacinação
contra a febre aftosa. Vital entende que os mais prejudicados com esse impasse
são os pecuaristas paraibanos e os produtores de leite.
Vital comentou recentemente o levantamento do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) onde mostra que ao
contrário do que ocorre no cenário nacional aonde nos últimos cinco anos, a
produção nacional de leite e derivados cresceu 22,2%, passando dos 25,2 bilhões
de litros de leite em 2006, para 30,8 bilhões em 2011, a Paraíba tem sua
produção prejudicada devido à falta de planejamento do Governo do Estado que
ainda não conseguiu cumprir todas as exigências do Ministério da Agricultura
para partir para esta etapa na busca pela classificação como zona livre da febre
aftosa.
Para amenizar os prejuízos dos produtores o
senador teve confirmação por parte do Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome (MDS) de que mais de 25 mil agricultores familiares do Semiárido
que fornecem para o Programa de Aquisição de Alimentos, na modalidade de
incentivo à produção e consumo de leite (PAA Leite), passarão a receber mais
pelo litro de leite bovino. Segundo Vital, os novos preços, que vão vigorar até
dezembro, o valor pago por litro, que variava entre R$ 0,69 e R$ 0,76, passará a
variar entre R$ 0,75 e R$ 0,83.
Cálculo - Do total pago por
litro, 60% em média ficam com o produtor e 40% com os laticínios, que
pasteurizam, embalam e transportam o produto final até os pontos de distribuição
às famílias que recebem o leite.
Vital do Rêgo lembra que o levantamento do IBGE
revelou que mais de 60% deste total ou cerca de 2/3 da produção nacional vêm de
1,3 milhão de estabelecimentos da agricultura familiar, que estão conquistando
mercado por conta de políticas públicas que faltam aos produtores
paraibanos.
O senador peemedebista entende que a cadeia
produtiva do leite deve ocupar um lugar de destaque nas ações de qualquer
governo, pois se trata de um produto que garante renda regular ao agricultor
familiar. Daí cita a necessidade de se financiar, permanentemente, a
modernização dos produtores e das cooperativas.
O Brasil é o quinto maior produtor de leite do
mundo, atrás apenas dos EUA, Índia, China e Rússia. A atividade leiteira se faz
presente em 554 das 558 regiões consideradas pelo IBGE, o que garante o
potencial de crescimento da produção nacional
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